Hoje dia 15 de Agosto é também assinalado o 52º (Quinquagésimo segundo) aniversário de Sacerdócio do Sr. Padre Martins - Pároco residente da Paróquia da Ribeira Seca em Machico
Deixamo-vos para consulta um pouco da sua Biografia que retrata o percurso da sua vida.
Radicado há 43 anos na paróquia da Ribeira Seca, o quinquagésimo aniversário da ordenação de Martins Júnior será comemorado quarta-feira pela comunidade local, com um programa em que colaboram músicos, artistas plásticos e do qual fazem parte exposições e conferências.
O Grupo Folclórico do Porto Santo, fundado pelo padre em 1963, o Grupo Folclórico de Gaula, a Banda Municipal de Machico, Ensemble de Guitarra, Estudantina Académica da Madeira, Vânia Fernandes, Francisco Fanhais, Janita Salomé, J P Simões, Pedro Barroso, frei Bento Rodrigues e padre Anselmo Borges são personalidades que oferecem a sua colaboração a esta comemoração.
Rigo, outro artista plástico, acrescenta que a Ribeira Seca "é um exemplo muito particular que nos leva, como artistas, a sentir um impulso no sentido de homenagear este momento e esta comunidade".
Para Rigo, a comunidade da Ribeira Seca e o seu pároco são um exemplo de "dignidade, respeito, dedicação, entrega e ausência daquilo que domina
o discurso público, aqui, na Madeira que é má educação, o desrespeito, a pouca vergonha, a ameaça, o insulto, a baixeza, a canalhice. Estas coisas
estão ausentes aqui".
José Martins Júnior nasceu em Machico em 1938, formado em Humanidades, Filosofia e Teologia, tendo sido ordenado presbítero em 15 de agosto de 1962.
Em 1967, fez uma comissão de dois anos em Moçambique, regressando à Madeira em 1969. Foi então nomeado pároco da recém-criada paróquia da Ribeira Seca e coadjutor da igreja matriz de Machico.
Em 1975, presidiu a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Machico e, em 1976, foi eleito deputado à Assembleia Legislativa Regional, como independente, nas listas da UDP, lugar que acabou por ceder a um operário da construção civil.
Em 1977 foi suspenso "a divinis" pelo bispo Francisco Santana, sem processo canónico formado.
Em 1980, recandidatou-se e foi eleito deputado. Em 1982 assumiu a presidência da Junta de Freguesia de Machico.
Em 1985, a igreja da Ribeira Seca foi tomada de assalto por 70 polícias armados, sob as ordens do comissário Nuno Homem Costa, a pedido do governo e da diocese, no episcopado de Teodoro Faria.
Nas eleições autárquicas de 1989, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Machico, cargo para o qual foi reeleito, cumprindo o segundo mandato até 1998.
Em 1995, recebeu do Presidente da República Mário Soares as insígnias de Comendador.
Em 1997 foi eleito deputado independente, nas listas do PS, à Assembleia Legislativa Regional, onde permaneceu até 2007, quando deu por terminada a atividade política.
Em julho de 2009 teve de responder no tribunal da comarca de Santa Cruz, num processo interposto pelo Governo Regional, pela acusação de "exercício ilegal de sacerdócio", de que viria a ser absolvido.
O padre Martins Júnior continua a exercer o sacerdócio "em consonância com o povo de Deus da Ribeira Seca", como costuma afirmar, numa igreja e residência erguidas pela população local.
Bibliografia – Fonte – Diário de Notícias da Madeira.